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O Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento (Mapa) está elaborando Padrões de Identidade e de Qualidade
(PIQs) necessários para o lançamento de novos sucos no mercado. Entre os
produtos que o consumidor passará a ter à sua disposição estão os sucos de
graviola, cereja, groselha, framboesa, kiwi, carambola, lichia, bacuri e
buriti. Até então, esses sabores de frutos considerados exóticos ou tropicais,
estavam disponíveis apenas nos cardápios de lanchonetes e de restaurantes que
utilizavam as próprias frutas ou polpas para produzir o suco.
Com o pedido de industrialização, o
Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal- DIPOV, elabora os
parâmetros analíticos para identificação dos referidos sabores. Cada produto,
possui um PIQ específico a depender de uma série de características próprias da
fruta que dá origem ao suco. Essas características são avaliadas sob condições
técnicas rigorosas (índices de contaminantes, conservantes, resíduos, adição de
açúcar, entre outros itens).
De acordo com Fábio Fernandes, diretor do
DIPOV, uma proposta de portaria está sendo encaminhada à Consultoria Jurídica
do ministério devendo ser publicada em até 30 dias. Assim que houver a
publicação, o setor privado terá prazo para adequação da rotulagem, de acordo
com o coordenador do Departamento de Vinhos e Bebidas do Mapa, Helder Moreira
Borges.
Atualmente, existem três tipos de bebidas
divididas conforme o teor de matéria prima contida o refresco de determinada
fruta deve ter como teor mínimo a partir de 10 % de suco natural; os néctares
têm de 30% a 50 % de suco, podendo, também neste caso, como no refresco, ter
adição de águas. E, o suco, que deve ser puro. A legislação não prevê limite
máximo para a adição de açúcar, mas as indústrias têm procurado reduzir a
utilização deste produto, com o uso do suco de maçã.
Segundo Helder Borges os néctares há algum
tempo vem recebendo adição de suco de maçã, que é um produto mais barato que o
suco da própria fruta e não alteram o aroma final, denominado de néctar misto.
Foi um pedido da indústria, afirmou. O coordenador alerta que o consumidor deve
olhar no rótulo do produto o teor de suco. Chama atenção também para o cuidado
que o comprador deve ter com a embalagem, que não pode estar amassada ou com o
lacre rompido sob pena de contaminar o produto. “As embalagens longa vida podem
amassar ou romper no transporte ou no empilhamento, que precisam ser feitos de
maneira correta”.
Fonte: MAPA
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