Foto: Ésio Mendes |
A Federação das Associações de
Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz) vai ingressar na justiça contra o
reajuste do frete do transporte de cargas no país. A medida vem sendo negociada
com o governo federal pelas empresas transportadoras após a greve dos
caminhoneiros, que paralisou o Brasil durante 11 dias e trouxe incontáveis
prejuízos ao setor agropecuário brasileiro.
Segundo o diretor jurídico da
Federarroz, Anderson Belloli, a entidade optou por ingressar com ações
judiciais na medida em que este aumento imprevisível e desproporcional no custo
do frete agrava consideravelmente a crise que o setor arrozeiro vem sofrendo
nas últimas duas safras. Infelizmente o produtor não pode mais uma vez arcar com
este custo em uma lavoura que já vem tendo dificuldades enormes e
incontornáveis no sentido de resultados financeiros positivos", destaca.
O dirigente afirma que é
compreensível a dificuldade do setor dos caminhoneiros, mas a forma como foi
conduzida a situação em relação ao tabelamento fere princípios constitucionais
e coloca em xeque a estrutura legal do país. "Haja vista a ilegalidade do
tabelamento dos preços, que fere, sobretudo, a questão do livre mercado, não
resta alternativa para a Federarroz, em atenção às demandas vindas da base
arrozeira, a não ser a de tomar esta medida para evitar prejuízos maiores aos
produtores", observa.
Após pressão do setor de
transportes, o governo federal voltou atrás em relação a tabela do preço mínimo
do frete, que trazia redução de até 20% no custo, e revogou anúncio anterior.
Outras entidades do setor produtivo também estão se mobilizando por meios
político e jurídico para conter a alta do valor.
Divulgação: São Lourenço Rural
Fonte: Federrarroz
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