Foto: Divulgação Segundo a Federarroz, a medida precisa ser tomada antes do vencimento dos contratos e possibilidades de renegociação |
A
Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz) está
orientando os produtores sobre as ações que devem ser tomadas frente à
proximidade dos vencimentos dos contratos de financiamento agrícola, como
custeios, investimentos e comercialização. A diretoria da entidade vem
realizando reuniões com representantes dos principais agentes financeiros tendo
como objetivo viabilizar negociações aptas a minimizar as graves consequências
decorrentes do momento de crise do setor orizícola. Com base nisso, recomenda
que os produtores que reunirem condições financeiras de adimplemento dos
contratos junto ao sistema financeiro, com vencimento nos próximos
dias/semanas, efetivem as respectivas liquidações.
No
caso dos produtores que não tiverem condições de efetivar as liquidações, a
Federarroz informa que devem, impreterivelmente, protocolar a Carta de
Prorrogação disponibilizada pela entidade antes do vencimento dos contratos.
Esta atitude poderá facultar ao produtor, dependendo do agente financeiro,
possibilidades de renegociações em 3 a 5 anos com mesmo juro do contrato
original ou, ainda, renegociação em 5 a 7 anos com juro entre 9% e 10% ao ano.
A
Federarroz sugere, no entanto, que os investimentos permaneçam com o calendário
inalterado, com renegociação, no máximo, para um ano após o vencimento do
contrato, pois os juros dessa modalidade são significativamente menores aos que
estarão sendo ofertados no mercado, inclusive na linha de crédito para
renegociações vinculadas ao Bndes recentemente divulgadas pelo Governo Federal.
Além disso, antes de optar pelo referido plano, o produtor deverá considerar
que uma opção de menor prazo, com juros menores, apesar da necessidade de maior
desembolso anual, terá custo final significativamente inferior.
Para
os produtores que estarão optando por outra modalidade de custeio diferente da
oficial ou do sistema financeiro, a entidade ressalta que assumir juros
superiores a 1% ao mês sem previsibilidade de preço do produto é agravar algo
que já apresenta-se em dificuldade. Normalmente, são modalidades com menor
burocracia, mas com calendário de vencimento extremamente nocivo à realização
de lucro.
A
entidade destaca, ainda, que o pagamento de dívidas passadas e investimentos
são efetivados com lucro, não com faturamento, ou com a desmobilização de
ativos, como imóvel ou outro bem. Portanto, não será o volume total de produto
colhido que irá garantir o saldamento do compromisso assumido na renegociação,
mas o saldo positivo entre a diferença do faturamento líquido e o capital total
envolvido no custeio da safra. Os produtores que tiverem dúvidas ou
dificuldades junto aos bancos, devem contatar imediatamente a Federarroz pelo
e-mail federarroz@federarroz.com.br.
Fonte: Federarroz
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