Foto: AFUBRA |
Após
a colheita, o produtor de tabaco cultiva também outros grãos, com destaque para
a soja que renderá em torno de R$ 67,5 milhões nos 18.364 hectares plantados.
Há ainda o cultivo significativo de pastagens para alimentação dos animais. O
levantamento apontou que nos três estados sul-brasileiros, 40.391 hectares
foram utilizados para pastagem.
“O
setor do tabaco sempre apoiou a diversificação, desde que ofereça renda real
aos produtores. Pesquisa recente demonstrou que 79% dos produtores fazem
algum tipo de rotação de culturas para reduzir a proliferação de pragas,
doenças e ervas daninhas e que cerca de 50% garante renda com outros produtos
além do tabaco, aumentando significativamente a sua renda”, afirma
o presidente do SindiTabaco, Iro Schünke.
VANTAGENS DA DIVERSIFICAÇÃO – O
cultivo nas áreas onde foi colhido o tabaco reduz os custos de produção dos
grãos, pois ocorre o aproveitamento residual dos fertilizantes aplicados.
Consequentemente, pode haver redução de custo na produção de proteína (carne,
leite e ovos), com a utilização do milho da safrinha no trato
animal. Outros benefícios são a proteção do solo e a interrupção do
ciclo de proliferação de pragas e ervas daninhas.
RIO GRANDE DO SUL: R$ 264,3 milhões
No Rio Grande do Sul foram cultivados 64.578 hectares de milho e 4.277 hectares
de feijão. Com uma produtividade média do milho estimada em 6,8 toneladas por
hectare, o volume chegará a 439.130 toneladas. Considerando o preço médio de R$
500,00 por tonelada, o total da safrinha gaúcha de milho pode chegar a R$ 220
milhões. Em relação ao feijão, a produtividade é estimada em 1,4 toneladas por
hectare, com safra de 5.988 toneladas. Ao preço médio de R$ 2.250 por tonelada,
a safra gaúcha de feijão poderá chegar a aproximadamente R$ 13,5 milhões. Ainda
segundo a pesquisa, 18 mil hectares foram utilizados para pastagens e 8.926
hectares plantados com soja, que deverão render R$ 30,8 milhões. O Rio Grande
do Sul é responsável por 50% da produção brasileira de tabaco, com 75 mil
produtores envolvidos em 238 municípios.
SANTA CATARINA: R$ 190,7 milhões
Em Santa Catarina foram cultivados 55.619 hectares, entre milho, feijão,
soja e pastagens, com rendimento estimado de R$ 190,7 milhões. A safrinha
catarinense teve o plantio de 35.097 hectares de milho e 4.915 hectares de
feijão. Com uma produtividade média do milho estimada em 7,6 toneladas por
hectare, o volume chegará a 266.737 toneladas. Considerando o preço médio de R$
570,00 por tonelada, o total da safrinha catarinense de milho pode chegar a R$
152 milhões. Em relação ao feijão, a produtividade é estimada em 2,6 toneladas
por hectare, com safra de 12.779 toneladas. Ao preço médio de R$ 1.945 por
tonelada, a safra catarinense de feijão poderá chegar a aproximadamente R$ 24,9
milhões. O levantamento apontou que em Santa Catarina, mais de 12 mil hectares
são utilizados para pastagens e 3.394 hectares plantados com soja, que deverão
render R$ 13,8 milhões. Santa Catarina é responsável por 29% da produção
brasileira de tabaco, com 45 mil produtores envolvidos em 203 municípios.
PARANÁ: R$ 95 milhões
A safrinha paranaense teve o plantio de 11.273 hectares de milho e 8.185
hectares de feijão. Com uma produtividade média do milho estimada em 7,8
toneladas por hectare, o volume chegará a 87.929 toneladas. Considerando o
preço médio de R$ 485,00 por tonelada, o total da safrinha paranaense de milho
pode chegar a R$ 42,2 milhões. Em relação ao feijão, a produtividade é estimada
em 2,0 toneladas por hectare, com safra de 16.370 toneladas. Ao preço médio de
R$ 1.830 por tonelada, a safra paranaense de feijão poderá chegar a
aproximadamente R$ 29,9 milhões. Ainda segundo a pesquisa, 10 mil hectares
foram utilizados para pastagens e 6.044 hectares plantados com soja, que
deverão render R$ 22,9 milhões. O Paraná é responsável por 21% da produção
brasileira de tabaco, com 30 mil produtores envolvidos em 125 municípios.
PARCEIROS DO
PROGRAMA – Em atividade desde 1985, o Programa Milho e Feijão é conduzido
pelo SindiTabaco e reúne a estrutura de campo das empresas associadas e de
técnicos das entidades apoiadoras, que oferecem assistência técnica e
capacitação de produtores com o objetivo de divulgar as vantagens do
plantio da safrinha e incentivar a prática de diversificação da propriedade.
São parceiros os governos dos estados de Santa Catarina, Rio Grande do Sul e
Paraná, a Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), a Federação dos
Trabalhadores na Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Fetag-RS), a
Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul), a Federação
dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Santa Catariana (Fetaesc), a
Federação da Agricultura do Estado de Santa Catarina (Faesc), o Serviço
Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), a Federação da Agricultura do Estado do
Paraná (Faep), a Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado
Paraná (Fetaep) e o Instituto Paranaense de Assistência Técnica e
Extensão Rural (Emater).
Divulgação: São Lourenço Rural
Fonte: SindiTabaco
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